Um dos melhores exemplos, a meu
ver, sobre a aproximação entre o oriente e o ocidente e a melhor forma de
cooperação que tem dado uma enormidade de frutos é o facto de se ter conseguido
trazer para a agenda científica a investigação sobre valores humanos e também
sobre bons sentimentos como compaixão, bondade, felicidade, etc. O facto de em
muitas culturas orientais se praticar há milénios o que se chama uma ciência da
mente, mas ligada, essencialmente, à religião- ou filosofia de vida- não
demoveu alguns pioneiros de a estudarem à luz da cultura científica mais
exigente. A meditação sai, assim, do mosteiro para os laboratórios mais bem equipados
com a mais moderna tecnologia, mas também o yoga e outras práticas como a
prática da compaixão.
Os frutos estão aí: todas as
investigações apontam para os benefícios, tanto em saúde como em qualidade de
vida, de se investir algum do nosso tempo a cuidar da mente- e de um bom coração- com
meditação específica para o incremento de bons sentimentos, por exemplo.
Não há lugar para polaridades que
empobrecem a experiência humana; só temos a ganhar em aproximar a visão
oriental com a ocidental. Nem é desejável uma vida de eremita ou asceta, sem nenhum
conforto material em que se dedicava a vida, somente, ao desenvolvimento da mente,
nem uma visão completamente virada para mudar o mundo exterior, em que a
acumulação de bens tem conhecido os exageros que conhecemos. No que ao bem-estar
humano e felicidade diz respeito parece-me que os dois - mundo externo e
interno- são igualmente importantes, estando no equilíbrio entre os dois a
salvaguarda de uma vida mais proveitosa, preenchida e significativa.
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