domingo, 5 de fevereiro de 2012


Desenvolvimento pessoal

Pode-se dizer que a partir da adolescência a personalidade já está formada, no entanto, ela é fruto da nossa herança genética, da família em que fomos educados, das pessoas com que nos cruzámos e que, de uma maneira ou de outra, foram determinantes para o nosso desenvolvimento, da cultura em que nos inserimos; ou seja, do nosso meio. Claro que não somos simples recetáculos da informação que nos chega através das nossas portadas sensoriais somos, como bem nos lembra Jean Piaget, seres activos no nosso desenvolvimento.
Quando adultos, muitos de nós abdicam dessa tarefa e o desenvolvimento adquirido por imposição do meio como crenças, valores, objetivos  não se questionam e é aí que se tornam definitivos mesmo que sejam ineficazes, falsos inadequados. Eles tornam-se parte de nós, confundimo-nos com eles e muitas vezes nem nos apercebemos que não fomos assim tão ativos nas escolhas da nossa vida; que somos quem somos quase por acaso. Quando nos consciencializamos desse facto, muitos de nós desenvolvem uma vontade irreprimível de mudança, uma necessidade de se construírem, agora sim, por vontade própria, um renascer… é para esses, para os que se querem construir por si próprios que escrevo hoje.
Depois da consciencialização que é talvez o passo mais difícil, vem a desconstrução, o questionamento dos valores e crenças aprendidos, o desenvolvimento do espírito crítico, o saber onde se está e para onde se quer ir apesar de haver quem se oponha; enfim, a construção de um novo eu agora completamente fruto da nossa vontade. Não importa a idade, quando tomamos consciência que muitas das nossas limitações são aprendidas, que não têm o mínimo fundamento, podemos ganhar as asas que nos cortaram e ir em busca dos nossos sonhos, do que nos faz verdadeiramente felizes e preenchidos. O nosso verdadeiro eu pega finalmente o leme e dá um rumo ao barco que até ao momento apenas se deixava levar ao sabor do vento.
Acontece uma revolução nem sempre bem aceite – pelo menos no inicio -  pelos que nos rodeiam, mas nós somos finalmente livres, de preconceitos, de imposições, de maneiras de ser e de estar que tantas vezes nos oprimem; agora mais leves, caminhamos pela vida que vamos construindo e que é finalmente a nossa e não a dos outros. Que sensação de viver! Que liberdade! Que felicidade sermos finalmente quem queremos ser.
É esta a essência do desenvolvimento pessoal; fortalecermos o nosso eu para que comande a nossa vida. Descobrimos os nossos pontos fortes, o que realmente tem valor para nós, o que queremos manter da nossa “velha” vida e o que não nos serve mais, o que podemos fazer embora nos tenham dito que não seríamos capazes. Adquirirmos uma nova maneira de pensar, mais eficaz, vivemos agora intensamente e muitos dos que inicialmente, por vezes também por medo, nos desincentivaram são agora os primeiros a reconhecer o nosso valor e a dar o seu apoio ao novo ser que, triunfante, emerge.  
Estes novos hábitos e atitudes vão finalmente fazer com que nos cruzemos com as pessoas certas e já não mais por acaso, mas por necessidade pois temos uma intenção que nos impele para o que queremos e nada nem ninguém nos impedirá.
E você? Já sabe quem é? Quem quer ser? O que realmente quer fazer da sua vida? Desamarre  os nós que o prendem a uma vida sem finalidade e viva plenamente a sua vida porque tudo indica que só temos esta…

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