quinta-feira, 29 de maio de 2014

A coruja e a cotovia

Vieste das noites eternas
Bater de asas silencioso,
Leve brisa a tua presença.

Não sei se apareceste
Ou se apenas te imaginei
Tua é a noite, meu é o dia,
Assim seremos, tu coruja, eu cotovia.

Que desencontros perenes!
Feitiços de encantar,
É preciso que se vá a lua 

Para que o sol possa brilhar.

Infinitamente sós,
Quisemos juntar os voos
Iludimos o destino.
Desencontro eterno
A noite é tua meu é o dia,
Feitiço maldoso
Tu coruja, eu cotovia.

Maria João Varela



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