E é sempre assim, quando se
aproxima o fim chega a urgência de possuir o que aos poucos se vai perdendo. O
abraço é agora mais forte, o aperto da saudade já desponta no peito e quero sofregamente assimilar todas as nuances da
experiência.
Olhos e braços abertos, suspiros, e uma
lágrima que dissimuladamente se esgueira arrastando muitas mais numa atração
inelutável que queima e salga os lábios trementes de quem agora querendo
partir, quer ficar.
E é sempre assim, tal como o fim
de tarde que se esvai, despedindo-se do dia , quando o pequeno arbusto, ladeado
de outros, mais robustos, se delicia com as últimas gotas
de sol que deslizam graciosamente numa dança de coreografia sem ensaios nem
deslizes.

E é sempre assim…
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