quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Aulas

Chegam ao fim as férias e mais um ano de labuta intensa se aproxima, no entanto, Coimbra ainda cheira a verão:  o Mondego e o encanto das  ondas suaves nas horas calmas do verão que finda; a avenida das Tílias, no Botânico, e o frescor aromático que exala suavizando a maltratada pele pelo verão fervente de calor extremo; as árvores vivas de pardais com o piar das despedidas.
As universidades enchem-se com as suas andorinhas, daquelas que começam a chegar , não no início da primavera como as outras, mas no final do verão, com as suas expectativas em alta e as negras capas esvoaçando rebeldes. Quem já não os viu com a arrogância própria de quem se orgulha daquilo que virá a ser?  Lá estão eles com a  alegria contrastante e contagiante de quem, pela primeira vez , arrisca um voo mais afastado das asas protetoras dos progenitores; em cada recanto enchendo as ruas com os seus chilreios tão animados quanto ruidosos tendo no bando um refúgio provisório e alternativo. Parecem reconhecer-se ao longe com os seus uropígios imaculados e estofados, o passo estugado e o chilreio condizente. Já se sabe é tempo de aulas.


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