terça-feira, 3 de setembro de 2013

Ode ao sol



E se o sol fosse um menino?
Brincasse de esconde-esconde
 a comer algodão doce por detrás de brancas nuvens
 traindo o esconderijo…

E se fosse brincalhão
 batesse às persianas,
entrando sem avisar,
sem esperar ser convidado obrigando ao despertar;

Se brincasse com as ondas,
 rodopiasse à superfície como enguias reluzentes,
 mergulhasse e espalhasse o seu encanto em risadas estridentes…

 Se acalentasse o sonho, de um eterno alvorecer,
se nascesse nas janelas
se morresse nas vielas
se se deixasse perder…

Se fugisse, se aparecesse quando deseja alegrar,
se desse a vida, a esperança, brando ou forte alumiar,
se se fosse para nunca mais voltar?

Se a luz da sua presença fosse uma porta aberta
se não sucedesse à noite condenando-nos à morte certa?

 Lindo menino de ouro,
requebro-me ao te avistar,
vai-te, mas vem depressa
 sem ti  a solidão é mais densa,
mais intensa qualquer dor.

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