quinta-feira, 24 de abril de 2014

José Povão

O mal está em ser zé povinho e por isso é que não crescemos. Enaltecemos o incrível dom artístico do Bordalo Pinheiro – que é indiscutível – mas sem nos apercebermos de que o mesmo é que nos corta as pernas; o que é o mesmo que dizer que nunca nos deixará crescer. É que isto dos diminutivos é para crianças, aos adultos deixamos de chamar Zéquinha, Joãozinho, Mariazinha, Madalenazinha e assim por diante. É necessário crescer para que nos levem a sério, por isso mesmo, sugiro que nos deixemos dos epítetos do Bordalo e passemos a auto intitular-nos Zé Povão. E, já agora, até o Zé deveria ser mudado e passar a José Povão que parecendo que não manda mais respeitinho… O gesto um tanto ou quanto obsceno também é hoje despropositado próprio de um povo mal criado e iletrado;  o malfadado “toma” está ultrapassado; evoluímos, por amor de deus! Não, hoje, o José Povão iria de cravo na mão, para que quem governa saiba com quantos cravos se faz uma Revolução…

Maria João Varela


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