O
mal está em ser zé povinho e por isso é que não crescemos. Enaltecemos o
incrível dom artístico do Bordalo Pinheiro – que é indiscutível – mas sem nos
apercebermos de que o mesmo é que nos corta as pernas; o que é o mesmo que
dizer que nunca nos deixará crescer. É que isto dos diminutivos é para
crianças, aos adultos deixamos de chamar Zéquinha, Joãozinho, Mariazinha,
Madalenazinha e assim por diante. É necessário crescer para que nos levem a
sério, por isso mesmo, sugiro que nos deixemos dos epítetos do Bordalo e
passemos a auto intitular-nos Zé Povão. E, já agora, até o Zé deveria ser
mudado e passar a José Povão que parecendo que não manda mais respeitinho… O
gesto um tanto ou quanto obsceno também é hoje despropositado próprio de um
povo mal criado e iletrado; o malfadado “toma”
está ultrapassado; evoluímos, por amor de deus! Não, hoje, o José Povão iria de
cravo na mão, para que quem governa saiba com quantos cravos se faz uma
Revolução…
Maria João Varela
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