Às vezes, sinto-me triste sem
motivo,
ou por muitos motivos, talvez.
Talvez porque passaste ao meu
lado sem me ver,
ou vendo-me arredaste-te tendo eu
passado
sem te ver a ti.
Às vezes, sinto-me assim,
como quem é levado pela corrente
sem ter uma palavra a dizer, sem
nada poder fazer
porque às vezes quem manda é o
que acontece
sem que os meus dedos sensíveis
possam conter a torrente
dos factos que de um miradouro
observo.
Triste pensador dos dias
só não os consigo conter, nem
virar a meu favor,
seguem firmes e sozinhos
como afinal também eu estou.
Seguem todos seu caminho
quer tente eu ,ou não, contê-los;
também tu segues o teu
sem me conteres a corrente
dos meus tristes pensamentos
que vêm e vão embora, tão livres,
aleatórios e esquivos
que vêm e vão sem motivos
ou por muitos motivos talvez.
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